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O então Comendador, futuro 1º Visconde da Marinha Grande, deu esmerada educação aos seus filhos; quase todos nós já ouvimos falar do seu 5º filho, o Dr. João de Barros (04.02.1881/Fig. da Foz; Lx., 25.10.1960), que casou com Raquel Teixeira de Queirós; aderiu ao Partido Republicano Português até 1924; licenciou-se em Direito pela U. de Coimbra; foi um grande escritor e pedagogo; ele também foi sogro do Presidente do Conselho Prof. Dr. Marcelo Caetano. O neto do 1º Visconde da Marinha Grande foi o Professor Henrique de Barros, que quase todos nos recordamos:...” Engenheiro agrónomo, ensinou longamente no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa. Como Ministro de Estado do I Governo Constitucional, após o 25 de Abril de 1974, contribuiu indiscutivelmente para a defesa do pluralismo e da liberdade. No final da década de 1930, o Prof. Henrique de Barros esteve envolvido no projecto técnico da Colónia Agrícola de Santo Isidro de Pegões (1937/38), juntamente com os engenheiros Mário Pereira e José Caldas, Presidente da Junta de Colonização Interna. Das suas acções mais relevantes, destacam-se a criação do Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo e a reestruturação da Comissão da Condição Feminina. Na ausência do Primeiro-ministro competia-lhe presidir ao Conselho de Ministros, além de despachar expediente com outras secretarias de estado. Além de Ministro de Estado, o Prof. Henrique de Barros salientou-se ainda como Membro do Conselho de Estado (Junho 1974-Março 1975), Presidente do Conselho Nacional do Plano e Presidente eleito da Assembleia Constituinte (1975-1976). A 31 de Agosto de 1978 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e a 30 de Junho de 1980 com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade...”.

Nos dias que se seguiram à morte do 1º Visconde da Marinha Grande, o comércio encerrou na Figueira da Foz, por completo (vide imprensa da altura...); os seus restos mortais jazem no Jardim da Família no cemitério da Figueira da Foz.

Finalmente, o autor da obra, ora apresentada, teceu algumas notas de displicência pelo facto de notar, neste evento, muitas ausências... Referiu, concretamente que “ a cultura marinhense necessita de maior empenhamento e dinamismo, a fim de melhorarmos e projectarmos o nosso futuro e identidade próprios... As entidades oficiais devem ter uma preocupação premente nas áreas do desporto e da cultura...Deverão preocupar-se pela nossa identidade cultural e pela histórica ligada ao pinhal... Há que dar condições às pessoas para que editem muitos livros...Que não sejam os autores mais que uns simples “clientes” a quem se vai dar trabalho...”. 

O autor panegericou a Figueira da Foz, a qual lhe abriu as portas, apoiando-o neste trabalho, que irá (entre outros) enriquecer e incentivar a nossa cultura local. Agradeceu a presença de todos, passando a palavra à Sra. Presidente de Junta da Freguesia da Marinha Grande.

Ínterim, a D. Isabel de Freitas começou por dizer que se sentia muito honrada pela maneira como foi acarinhada com a lembrança oferecida pela Santa Casa da Misericórdia da F. da Foz, ali representada na figura do seu Presidente o Dr. Joaquim Manuel Barros de Sousa; “...nestes locais...aprendemos sempre qualquer coisa...”; o trazer uma obra destas à Marinha Grande é sempre uma mais-valia...”; “ a Marinha Grande e Fig. da Foz estiveram sempre ligadas...”; “quero mesmo dizer que estou feliz...”; “ aproveito para informar que o Sr. vereador da cultura da Marinha Grande, não pode estar presente por se encontrar, em serviço, em Loures...”; “...bem hajam, em meu nome pessoal e da Junta de Freguesia da Marinha Grande e estaremos sempre à vossa disposição...”. 

Ora, leia-se e divulgue-se a obra:

Ficaremos todos mais enriquecidos, culturalmente!

Os meus parabéns ao autor marinhense – Fernando Eduardo Guerra Pina: «lucidus ordo»...