O dia 13 de dezembro de 2018 vai ficar gravado na história da Marinha Grande. Além de marcar o 20.º aniversário do Museu do Vidro, foi o dia em que a presidente da Câmara assinou a escritura de aquisição da antiga Fábrica-Escola Irmãos Stephens (FEIS), pelo montante de 1,2 milhões de euros, após três anos de intensas negociações com o dono do imóvel, o Millennium BCP

“Hoje é um dia histórico para a Marinha Grande. Vemos concretizado um sonho antigo”, referiu Cidália Ferreira, acrescentando que “o legado patrimonial que a família Stephens deixou no coração da Marinha Grande finalmente pertence aos marinhenses”.

Para a presidente da autarquia, com a assinatura da escritura de aquisição do imóvel, que decorreu precisamente nas instalações da FEIS na manhã do passado dia 13, “que marca o forte investimento do Município no edificado patrimonial, entramos com o pé direito nas comemorações dos 250 anos da chegada de Guilherme Stephens à nossa cidade, que decorrerão durante o ano de 2019”.

Cidália Ferreira fez saber que o investimento camarário vai continuar, na medida em que será necessário “reconstruir e requalificar, dando uma nova vida e utilidade aos edifícios deste antigo e gigante complexo industrial”.

“Queremos que este espaço seja uma âncora do centro tradicional da cidade, que mude mas continue a ser aquilo que sempre foi: uma “fábrica” de grandes talentos e um local de produtos de excelência”, disse a presidente, lembrando que “todos os outros edifícios do património Stephens que já eram nossos são locais de memória, cultura e formação: a Casa da Cultura, o Museu do Vidro, a Biblioteca e a Escola Profissional. Acreditamos que este espaço pode dar continuidade a isso mesmo”.

Marinhenses chamados à discussão

No final da cerimónia e questionada pelos jornalistas sobre o destino a dar àquelas instalações, Cidália Ferreira explicou que “vamos fazer aquilo que os marinhenses queiram fazer desta casa. Este foi o nosso berço. É o legado que Guilherme Stephens deixou à Marinha Grande. Pelas vicissitudes que foram acontecendo neste prédio, assim não aconteceu, mas agora sim, devolve-se à cidade”.

“Embora todos nós tenhamos muitas ideias para este edifício, iremos abrir a discussão ao nosso povo, aos marinhenses residentes na Marinha Grande para que digam de sua justiça o que gostarão de ver refletido neste espaço. É isso que vamos fazer, com abertura total, com propostas da população e convite a entidades que saibam desenhar o espaço e será depois colocado à discussão tudo o que for surgindo como iniciativas”, garantiu Cidália Ferreira.

Segundo a edil, “queremos que este, para além de ser um marco que preserve a nossa história, seja uma zona dinâmica da cidade, que possa trazer a este espaço um verdadeiro viver nesta zona”.

Cidália Ferreira fez ainda questão de nomear outros autarcas que contribuíram para este desfecho, nomeadamente Álvaro Órfão e António Santos, presentes na sala, mas também Álvaro Pereira e Paulo Vicente.