O Bloco de Esquerda, na sua imensa ignorância acerca dos princípios de uma qualquer estratégia de desenvolvimento dos países e fazendo por ignorar o que aconteceu neste domínio na Irlanda, bem como nos países da antiga Cortina de Ferro, ou pior, sem fazer qualquer avaliação dos resultados do regime soviético, inventou a política das taxas, que estupidamente o PS vem subscrevendo.
Já aqui escrevi várias vezes sobre a necessidade de haver um planeamento do futuro da economia da Marinha Grande. Como é evidente deve ser um plano meramente indicativo, que mantendo a liberdade de cada empresa em seguir o seu próprio caminho, alertará os empresários, as forças políticas e a sociedade em geral dos obstáculos e das oportunidades que se colocarão na senda do sucesso empresarial e do progresso económico que têm caracterizado a região.
Após a última eleição presidencial assumi publicamente a posição ingrata de defender a formação de um governo entre o PS e o PSD. Essa posição trouxe-me alguns dissabores entre amigos e apoiantes, convencidos de que estaria a atraiçoar o meu passado de esquerda ao defender para Portugal uma solução governativa que, mais uma vez, deixava de fora o PCP e o Bloco de Esquerda, nomeadamente depois do desastre social da solução PSD/CDS. Ao tempo, todavia, não tive qualquer dúvida de que aquela era a solução que melhor servia o futuro de Portugal e dos portugueses e, passados estes meses, não vejo razão para alterar o que então pensei.