O JMG falou com o consultor que atualizou e adequou a estrutura orgânica da Câmara Municipal da Marinha Grande. José Morais encontrou coisas boas e menos boas e garante que o executivo tem em mãos “um desafio” num concelho que tem “potencial de desenvolvimento”.

Está concluída a nova estrutura orgânica do município da Marinha Grande. Para os leitores menos familiarizados com estes termos mais técnicos, poder-se-á dizer que a autarquia contratou uma empresa local, a Lexus, para fazer um estudo à organização interna da Câmara Municipal do qual resultou um relatório que visa «arrumar a casa».
Atualmente, a autarquia apresenta seis Divisões que se encontram “corretamente dimensionadas”, segundo o relatório, no âmbito do qual foi entendido “não ser alterado o número de Unidades Orgânicas, mas sim modificada a distribuição das subunidades”.
O projeto de reestruturação teve início com reuniões individuais com todas as chefias, “visando conhecer a sua opinião sobre a adequação da estrutura orgânica e os principais problemas”, bem como com todos os vereadores e “outros cidadãos” que exercem cargos relevantes em estruturas empresariais do município.
José Morais revelou ao JMG que não encontrou uma autarquia “muito diferente das demais” e que uma das principais conclusões que ressalta é uma “ineficiente colaboração entre Divisões”, além de um “conflito expresso e assumido”. Estes problemas, pode ler-se no relatório, “influenciam o ambiente de trabalho, a produtividade e a qualidade do trabalho prestado internamente e aos Munícipes”.
Mais, os métodos de trabalho, as melhores práticas, regulamentos e outros documentos de orientação e referência “ou não existem, ou estão desatualizados”.
José Morais confirma que se verificam “situações em que não há o devido respeito pela hierarquia estabelecida”, inclusivamente em relação aos eleitos, “cuja falta de sancionamento disciplinar cria um clima de impunidade que afeta o ambiente interno e a relação com o exterior”. O consultor sublinha que conflitualidade existe em todas as organizações, havendo na Câmara da Marinha Grande “problemas de relacionamento cujas causas desconheço”.

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