Um país, como uma empresa, deve ter uma estratégia que seja bem conhecida, quer dos dirigentes quer dos cidadãos, que assim podem tomar decisões coerentes com a estratégia definida, com a vantagem de todas as decisões se orientarem no mesmo sentido, evitando, tanto quanto possível, os habituais avanços e recuos


O que acontece em Portugal na governação, na medida em que não existe uma síntese estratégica de uma página que todos conheçam e onde as políticas são globalmente inconsequentes.

Em 2003, como dirigente da AIP-Associação Industrial Portuguesa, com a preciosa colaboração do Professor Veiga Simão, publicámos uma síntese estratégica que agora estou a tentar divulgar no sentido de idealmente se provocar um debate sobre o assunto durante a próxima campanha eleitoral.

Infelizmente, entre nós os governos navegam à vista, umas vezes seguem uma determinada orientação e outras vezes a contrária, o que naturalmente conduz a resultados contraditórios que, não poucas vezes, conduzem a despesas e investimentos inúteis, ou menos eficientes. Ou seja, seria bom que durante a próxima campanha eleitoral o tema da estratégia estivesse na primeira linha das preocupações do debate, de forma a ser possível ganhar uma consciência colectiva do problema.

A todos os leitores e aos fazedores do Jornal da Marinha e sua Famílias, desejo um Natal Feliz, Paz e Saúde no Novo Ano.

25-12-2023

Henrique Neto