A Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), acaba de obrigar a SIC a emitir um direito de resposta do ministro Matos Fernandes e do secretário de Estado João Galamba, que usa a mentira e a fuga ao esclarecimento dos portugueses como armas de propaganda política e, principalmente, para atacar o mensageiro, no caso o programa “Negócios da Semana”, bem como o seu jornalista José Gomes Ferreira

 

Por exemplo, exemplificam que com o fecho da central a carvão do Pego o País poupou 100 milhões de euros na importação de carvão, omitindo que passámos a importar mais electricidade de Espanha mais cara, cujo preço está a atingir máximos históricos.


Ou seja, se as empresas portuguesas deixarem de importar as matérias primas de que necessitam, por exemplo o aço no caso dos moldes, o País realizará enormes economias e quanto mais empresas fecharem dessa forma melhor segundo o ministro. Para já, este ministro fechou as centrais de Sines e do Pego e a refinaria de Matosinhos com grandes poupanças nas matérias primas importadas e, já agora, de trabalhadores.

 

Vivemos um ano de seca profunda, os enormes investimentos feitos para a produção eólica e solar não valem de grande coisa quando não há vento e é de noite e temos apenas a produção de electricidade por recurso ao gás importado a preços jamais vistos, o que não chega para as necessidades do consumo e daí que já estejamos a importar diariamente de Espanha cerca de 10 milhões de euros por dia de electricidade, em grande parte produzida por recurso ao carvão e ao nuclear.

 

Por isso, quando os empresários da nossa terra receberem no fim do mês a conta da electricidade das suas empresas, mandem-na ao ministro, talvez que assim ele aprenda alguma coisa e deixe de mentir.

 

Nota: Depois de ter escrito este texto, a Europa está a viver um dos seus dias mais negros com a invasão da Ucrânia pela Rússia. Voltarei ao assunto, entretanto todo o apoio deve ser dado ao Governo português na denúncia da estratégia suicida de Putin, no apoio à União Europeia e à NATO e no apoio possível à Ucrânia na defesa dos valores democráticos europeus.

 

Henrique Neto