Extraordinária e super-realista. Assim se pode descrever em poucas palavras a exposição com que a artista marinhense Vânia Colaço brindou todos os que se dirigiram ao Museu do Vidro, na tarde do último sábado, 26 de novembro, para apreciar os seus trabalhos

 

Desafiada pela autarquia para criar trabalhos em que o vidro fosse o elemento principal, ou não estivéssemos em pleno Ano Internacional do Vidro, Vânia Colaço prometeu pensar sobre o assunto. Os últimos seis meses foram assim dedicados pela artista ao que mais gosta e sabe fazer: desenhar. Escolheu peças emblemáticas com as quais quis prestar homenagem ao vidro, à sua cidade e aos pais – é filha da artista Olinda Colaço, e no papel colocou alma e coração. O nível de detalhe é impressionante. Visitantes mais distraídos poderão mesmo pensar que se trata de fotografias…

Vânia Colaço lembrou a última exposição que havia realizado na Marinha Grande, no longínquo ano de 2005, agradeceu o desafio que lhe foi apresentado pelo Município, e referiu que “os artistas precisam de oportunidades”. “Há muitos artistas na Marinha Grande a precisar de expor os seus trabalhos e de comunicar”, frisou.

A inauguração contou com a presença de familiares e amigos da artista, do presidente e da vice presidente do Município, que realçaram o percurso de Vânia Colaço, o realismo e a qualidade dos trabalhos expostos.

Os trabalhos mereceram ainda palavras elogiosas do Marquês de Pombal, interpretado pelo ator Cristóvão Carvalheiro, que deixou o convite para as “Visitas Encenadas” ao Museu do Vidro (dia 18), e para a representação da peça “Vidro e outros Rococós” (dia 10).

A mostra “História desenhada: Vidro a lápis de cor” pode ser apreciada até 8 de janeiro, de terça a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 18h.