Chama-se Hélder Batista, tem 39 anos, é natural do concelho da Marinha Grande e acaba de ser distinguido por uma entidade credenciada do Reino Unido como o melhor advogado de Portugal na área de direito bancário e financeiro. O JMG falou com o causídico que diz estar a exercer a sua “profissão de sonho”

 

Como surgiu a nomeação para este prémio, atribuído pela Corporate LiveWire?

No início do ano de 2020, em janeiro, fui contactado pela entidade que me premiou. Terão feito uma pesquisa através do Linkedin de advogados portugueses que trabalham com a área de direito bancário e financeiro e o meu currículo ter-se-á destacado. Foi-me então solicitado o envio do CV e de contactos de clientes, em Portugal e fora do país. Atendendo ao retorno que obtiveram dos clientes, os quais me autorizaram a ceder os seu contactos, e pelo meu percurso profissional, muito ligado à área financeira e bancária, surgiu a nomeação e posteriormente a atribuição do prémio.

Acaba de ser distinguido como o melhor advogado do país na área de direito bancário e financeiro por uma entidade credenciada no Reino Unido. O que representa para si esta distinção?

Esta distinção é extremamente importante porque reconhece e distingue a minha dedicação nos últimos anos ao ramo do direito em questão. Trata-se de uma distinção por entidade credenciada, independente, que avalia profissionais de várias áreas a nível internacional, e que permite, pela atribuição do prémio, destacar o meu trabalho, demonstrando aos meus atuais e futuros clientes, particulares e empresas, que o meu trabalho é sempre desempenhado com dedicação e zelo para alcançar o melhor resultado.

Além disso, tratando-se de um prémio a nível internacional permite que o meu trabalho ganhe visibilidade além-fronteiras, com as inerentes consequências em termos de incremento de potenciais contactos e novos clientes.

Que portas lhe poderá abrir o prémio agora recebido?

Conforme referido anteriormente, este prémio poder-me-á abrir portas junto de novos clientes além-fronteiras alargando, desse modo, os potencias contactos.

Sempre desejou ser advogado? O que mais o atrai nesta profissão?

Sim, sempre desejei ser advogado. Esta é a minha profissão de sonho. Tenho a certeza que a minha vocação é advogar e faço-o, diariamente, com brio e entrega.

Defender os direitos, liberdades e garantias dos meus clientes, acima de tudo, em qualquer dos ramos do direito em que seja chamado a representá-los, é o que mais me atrai na profissão.

Muito se fala sobre a morosidade da justiça em Portugal e do arrastar dos processos. Como perspetiva que se possa contrariar esta realidade?

Na minha opinião, esta é uma questão sensível, que afeta todos os cidadãos que recorram à Justiça, e que não será fácil de ultrapassar nos próximos tempos, até porque, devido à pandemia da COVID -19, todos os processos não urgentes não prosseguiram os seus termos.

Nessa medida, atualmente, é necessário que o sistema judicial dê resposta aos novos processos, cujas ações não foram intentadas no período do estado de emergência, a acrescer aos processos que não correram, nesse período, com normalidade, os seus termos. Paralelamente, há um problema estrutural de falta de magistrados nos nossos tribunais o que também entorpece o acesso ao direito, de forma célere, pelos cidadãos.

A situação de pandemia em que vivemos trouxe constrangimentos a todas as áreas de atividade e a advocacia não foi exceção. Que balanço faz dos últimos meses?

É inegável que a pandemia tem trazido enormes constrangimentos em todas as áreas profissionais. A advocacia não foi/é exceção.

A profissão de advogado baseia-se, essencialmente, no contacto com as pessoas que representamos e nos serviços a que recorremos em nome dos nossos clientes, tribunais, serviços de finanças, conservatórias. Ora, não sendo possível o contacto direto, podendo apenas recorrer-se a meios à distância, perde-se bastante essa proximidade, assim como, houve/há a questão das limitações dos serviços públicos em habilitar respostas céleres e eficientes aos cidadãos. Nesse quadro, torna-se necessária e premente a reinvenção diária por parte dos advogados, na execução das suas funções, com o objetivo de mitigar os prejuízos que advêm dessas limitações para os cidadãos, necessárias por questões de saúde pública.

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Percurso escolar e académico:

- Ensino Básico, 5.º ao 9.º ano: Escola Básica 2/3 Guilherme Stephens;

- Ensino Secundário, 9.º ao 12.º ano: Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte;

- Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra;

- Pós-graduação em Direito dos Valores Mobiliários pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa;

- Curso de Arbitragem Internacional pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.

 

Percurso profissional:

- Assessor jurídico Banco BPI – Departamento Jurídico, Lisboa;

- Advogado Banco BPI – onde fez o estágio de Advocacia;

- Assessor jurídico Novo Banco – Departamento Jurídico, Lisboa;

- Advogado Novo Banco;

- Desde junho de 2019 com escritório aberto em Leiria, a exercer advocacia em prática individual.