A existência de uma arca com cadáveres de animais a céu aberto, junto à Estação de Caminhos de Ferro da Marinha Grande foi denunciada através das redes sociais pela APAMG. A Infraestruturas de Portugal, dona do terreno, em resposta ao JMG, referiu ter-se tratado de “um lapso”, entretanto resolvido

 

A APAMG – Associação Protetora de Animais da Marinha Grande, recorreu esta quarta feira, 6 de março, às redes sociais para denunciar a existência de “uma ARCA FRIGORÍFICA DESLIGADA, COM CADÁVERES DE ANIMAIS, a céu aberto junto da Estação de Comboios” da Marinha Grande, acrescentando que se trata de um terreno privado e vedado, alegadamente pertencente à Infraestruturas de Portugal.

 

A APAMG considera que se trata de “um caso grave AMBIENTAL e de SAÚDE PÚBLICA, devido ao cheiro nauseabundo de cadáveres de animais em decomposição, visivelmente com larvas”.

 

Segundo o nosso jornal conseguiu apurar, a arca terá sido removida do local ainda na manhã de quarta feira, 6 de março, bem como o respetivo conteúdo.

 

Ao nosso jornal chegaram ainda relatos de que o terreno em questão servirá também como uma espécie de “lixeira a céu aberto” onde serão depositados, pela Infraestruturas de Portugal, “todo o tipo de detritos das estradas do distrito de Leiria”.

 

Infraestruturas de Portugal pede desculpa “pelo lapso”

 

O nosso jornal questionou a Infraestruturas de Portugal, para que se pronunciassem sobre a situação em concreto, mas também para darem conta dos procedimentos a adotar sempre que são encontrados cadáveres de animais nas vias da sua responsabilidade, e ainda por que razão serve aquele espaço como depósito de detritos e qual o destino final desses resíduos.

 

Na resposta enviada ao JMG, a Infraestruturas de Portugal explicou que procede à recolha dos animais vítimas de atropelamento nas estradas sob sua gestão, de modo a mitigar os riscos para a segurança rodoviária e para a saúde pública.

 

“Estes são guardados temporariamente numa arca frigorífica apropriada, que está instalada dentro das Instalações do Cais Coberto do Parque Operacional da Marinha Grande, enquanto os mesmos não são encaminhados a destino final, nomeadamente no caso dos cadáveres recolhidos em período noturno e fins de semana”.

 

Sobre o caso em concreto, a empresa faz saber que “a arca frigorífica em questão, e que foi já removida do local, estava avariada e encontrava-se depositada no exterior do Parque Operacional da Marinha Grande”, e que “o cadáver do animal (um pequeno javali) que estava indevidamente depositado nesta arca foi recolhido no IC8 na passada segunda-feira (há dois dias) e deveria ter sido colocado na arca frigorífica apropriada existente dentro das instalações”.

 

“Pedimos desculpa pelo lapso que já está a ser corrigido, sendo que está previsto para hoje [ontem] a recolha do animal por uma empresa certificada”, escreve ainda a empresa pública.

 

Sobre este assunto, o nosso jornal solicitou também esclarecimentos à Câmara Municipal da Marinha Grande, mas ainda não obtivemos resposta.