Preservar a saúde dos colaboradores. Foi esta a razão que esteve na base da suspensão temporária da atividade da Vincarte, empresa criada há 23 anos e que se dedica à produção de embalagens de cartão canelado.

Para Armando Constâncio, que anunciou nas redes sociais esta segunda feira, 23 de março, o encerramento provisório, este foi “um dia triste”.

“Já tínhamos renascido das cinzas em 2017 e agora, dois anos e meio depois, um Corona qualquer, sem ser convidado, tenta forçar a entrada e obriga-nos a fechar a porta”, escreveu o empresário marinhense.

Em declarações ao JMG, Armando Constâncio garantiu que não houve nenhum caso suspeito de infeção pelo novo coronavírus na base desta decisão, mas sim “a necessidade de salvaguardar a saúde de todos”, tendo a medida sido ponderada com os 9 colaboradores.

“Já tínhamos a comunicação do encerramento dos nossos principais clientes e estávamos a sentir dificuldades de fornecimento do nosso principal fornecedor de matéria prima que já dilatava os prazos para a segunda semana de abril”, explicou o responsável, acrescentando que, “mesmo os clientes que se mantêm a laborar, estão a reportar muitos cancelamentos de encomendas dos seus clientes no estrangeiro, pelo que o fecho será uma questão de dias”.

Ao nosso jornal Armando Constâncio fez ainda saber que os salários de março estão assegurados a 100%, sendo o próximo passo “procurar os apoios que estiverem disponíveis para salvaguardar os rendimentos dos colaboradores”.

Recorde-se que as instalações da Vincarte, em Vieira de Leiria, foram destruídas pelo trágico incêndio de 15 de outubro de 2017, tendo a empresa conseguido restabelecer a sua atividade num pavilhão localizado na Freguesia da Moita.

Apesar das dificuldades o empresário mostra-se determinado, considerando que esta situação constitui “mais um obstáculo que teremos que ultrapassar e é mais um desafio que teremos que vencer, juntos, como sempre. Travar o vírus é, agora, a nossa meta”, e que “vamos aguentar juntos, porque isto vai passar”.