No passado dia 9 de julho, Vieira de Leiria comemorou o 38.º aniversário da elevação a vila, numa cerimónia marcada por algum frieza e distanciamento entre as autoridades locais e a autarquia, representada na cerimónia ao mais alto nível pelo presidente Aurélio Ferreira

 

O programa comemorativo teve início com o hastear das bandeiras, continuando com a sessão solene realizada no Auditório do edifício da Junta de Freguesia, e a entrega de prémios e abertura da exposição de fotografia “Vieira na sua Ótica”.

Seguiu-se a inauguração da "Guarita de Leitura", no Largo da República, numa iniciativa conjunta da Biblioteca de Instrução Popular e da Junta de Freguesia, e o descerramento da placa toponímica do Largo Nossa Senhora da Ajuda, no lugar da Passagem, com um painel de azulejos da autoria do artista Aquilino Ferreira.

A comemoração contou com a presença do presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Aurélio Ferreira; do presidente da Assembleia Municipal, Aníbal Curto Ribeiro; do vereador António Fragoso; do presidente da Junta de Freguesia de Vieira de Leiria, Álvaro Cardoso; do presidente da Assembleia de Freguesia, Rui Rodrigues; do presidente da Junta da Moita, Franklin Ventura; do representante da Junta da Marinha Grande, José Figueira; dos ex-presidentes de Junta de Vieira de Leiria, Jacinto Filipe, Paulo Vicente e Joaquim Vidal; entre outras entidades e convidados.

O presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Aurélio Ferreira, felicitou Vieira de Leiria, pelos 38 anos da elevação a vila, lembrando que "é uma terra apetecível, acolhedora e empreendedora" e que "o Município está empenhado em continuar a investir no engrandecimento desta freguesia, para possibilitar a manutenção de uma boa qualidade de vida a quem aqui reside, quem aqui trabalha e a quem nos visita".

O presidente da Junta de Freguesia de Vieira de Leiria, Álvaro Cardoso, referiu que, “saibamos coletivamente, continuar a trilhar este percurso, sem percalços, sem constrangimentos, em cooperação e disponibilidade recíproca, em diálogo permanente, em busca de consenso”. Só assim será possível melhorar “a qualidade de vida dos nossos concidadãos”.

Gente que sofre a cantar

Na sessão solene, o presidente da Assembleia de Freguesia, Rui Rodrigues, recordou que “o estatuto de vila é o reconhecimento de requisitos que representam qualidade de vida”. Mas, acrescentou, “para a Vieira nada vem com facilidade”, numa alusão clara à falta de investimento na vila. Não perdeu a oportunidade de ler um poema de 1955, que fala de “gente tão querida, que sofre a cantar, onde existe fraterna amizade”.

Rodrigues defendeu, com convicção, que “é preciso lutar contra a maré”, ou seja, reivindicar o que lhe pertence por direito próprio, rematando que “nós temos saudades do Lis”, linha de água que tem vindo a sofrer sucessivos ataques ambientais, sem que se vislumbre uma solução a curto prazo.