A intenção de construir um memorial para perpetuar os incêndios que destruíram o Pinhal do Rei em outubro último tem sido causadora dos mais variadíssimos comentários na rede social Facebook, na sua maioria pouco abonatórios dos decisores autárquicos locais.

Após a entrevista do escultor Fernando Crespo à Agência Lusa, onde este anunciava em que moldes seria elaborada a obra, da sua autoria, e qual o custo associado – 216 mil euros – de que o JMG deu conta na sua última edição, o assunto gerou celeuma nas redes sociais, com muitos anónimos e outros nem tanto a criticarem a autarquia marinhense, em especial a presidente da Câmara, pela ideia e pelo montante envolvido. Muitos lembram que há inúmeras questões a carecer de resolução prioritária no concelho, da rede de águas ao saneamento, sem esquecer a requalificação da rede viária e a execução de obras como um novo mercado e piscina municipais, criticando o memorial e a ideia de perpetuar a tragédia que destruiu o Pinhal do Rei. Além de uma sondagem online foi criada a petição “Não ao desbaratar de 216 mil euros para um memorial à destruição do nosso pinhal”, que na passada terça feira reunia já 944 assinaturas concordantes com o seguinte texto: “A Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Cidália Ferreira, anunciou a construção de um memorial ao incêndio que arrasou mais de 80% do nosso pinhal. É de muito mau gosto os governantes fazerem um monumento à sua incompetência e à incúria. É inaceitável que o dinheiro dos impostos dos Marinhenses seja gasto nesse memorial, quando há tanto por fazer na nossa terra. A Marinha Grande carece de infraestruturas básicas como piscinas, mercado, circulares externas, saneamento básico, abastecimento de água, estradas, etc… São 216 mil euros para lavar a má consciência de quem abandonou o pinhal à sua sorte quando o deveria ter protegido. Basta! Os abaixo-assinados exigem que a Câmara Municipal da Marinha Grande cancele a construção do memorial aos incêndios e que use esse dinheiro para fazer face ao atraso da Marinha Grande.”

Esta secção do artigo está disponível apenas para os nossos assinantes. Por favor clique aqui para subscrever um plano para ver esta parte do artigo ou então leia o artigo completo na nossa edição em papel.