Conviver, passar um bom bocado e aprender a tocar um instrumento. São estas as principais motivações dos homens e mulheres que constituem o Grupo de Cavaquinhos do Clube Desportivo e Recreativo da Amieira

 

Júlia Galvão, 73 anos, é uma das entusiastas do projeto, criado há pouco mais de um ano no seio da Direção da coletividade da Amieira. Quando o JMG foi espreitar os ensaios, Júlia era ainda uma das ‘caloiras’, mas referiu ter tido conhecimento do Grupo de Cavaquinhos através de outras atividades dinamizadas no Clube pelo Centro de Saúde e pela Junta de Freguesia da Marinha Grande. Dolores Cardoso, de 60 anos, disse ao nosso jornal estar “a gostar” de participar neste projeto, onde tudo é novidade. “Não conhecemos as notas, muito menos sabemos ler uma pauta”, afirmam ambas, garantindo ter vontade de aprender, conviver e ter “uma distração”. São ambas alunas da Universidade Sénior, por onde já andam a ‘espalhar’ a palavra e a tentar angariar novos colegas.

Maria da Conceição Monteiro, de 75 anos, aderiu ao grupo não só para “sair de casa” e “espairecer”, como também para “exercitar a mente”. “Recomendo a toda a gente para que procurem uma atividade como esta, onde se podem fazer amizades, conviver e ainda aprender!”. Conceição gostou tanto do ambiente que resolveu convidar o antigo patrão, Celso Dengucho, para engrossar o grupo. Tocador de bandolim e de gaita de beiços, amante de música, acedeu ao convite e, além de estar a aprender a tocar cavaquinho, também canta. “Estou a gostar”, admitiu o antigo juiz.

Entre os elementos do grupo está também Hugo Noel Carlos, vice-presidente do CDR Amieira. Assume ter aderido “para dar o exemplo”, e congratula-se por se ter conseguido aumentar o número de elementos. “Eu não tinha qualquer experiência, mas resolvi vir e assim ajudar a motivar as pessoas”, frisando que “no início eramos 5 e agora já temos cerca de 15 pessoas”. O responsável disse ainda ao JMG que para colocar em prática este projeto, o Clube contou com o apoio da Junta de Freguesia.

Os ensaios decorrem uma vez por semana, nas instalações do Clube e estão abertos a todos quantos queiram experimentar. De acordo com Beatriz Franco, da Direção e que também integra o grupo, esta é mais uma forma de dinamizar o Clube, difundir cultura e atrair pessoas a uma casa que se quer ativa. “Estamos abertos a que mais pessoas venham, não só para o Grupo de Cavaquinhos como também para o Teatro”, frisando que ambos contam com a colaboração de “profissionais de excelência”.

Neste caso, João Miguel é o ‘maestro de serviço’ desde o arranque da presente temporada. “Temos aqui gente muito boa, empenhada e com vontade de aprender”, garantindo que não é preciso saber música para participar num projeto deste âmbito. “Estamos aqui fundamentalmente para nos divertirmos, mas também com alguma exigência dentro do espírito do grupo e das competências de cada um”.