Trabalhar, trabalhar, trabalhar. Poder-se-ia dizer que esta é a máxima por que se rege Joaquim Matos. O empresário marinhense mantém, aos 84 anos de vida, uma dinâmica e garra invejáveis, recusando terminantemente “calçar as pantufas”.

Os dias de Joaquim Matos não são muito diferentes. Assumindo-se agora como um “outsider” relativamente aos negócios da família, o administrador e líder do Grupo MatosGest, não dispensa uma visita diária a cada uma das fábricas.

O JMG esteve à conversa com o empresário marinhense, uma destas tardes, junto às futuras instalações da Plimex, que se vai mudar já em setembro para a Zona Industrial de Casal da Lebre.

Joaquim Matos mostrou-se um pouco “desagradado” por verificar que os trabalhos não estão a decorrer com a rapidez necessária, e isso mesmo comunicou aos responsáveis pela obra no local.

Ao nosso jornal explicou que a empresa, nascida há 16 anos no lugar da Ordem, no local onde ele próprio nasceu, necessitava de um novo espaço para o desenvolvimento da sua atividade. Assim, foram compradas as antigas instalações de uma empresa de móveis, que laborava na Rua da Alemanha, e que estão agora a ser adaptadas às necessidades da Plimex.

De acordo com Joaquim Matos, a empresa, que se dedica à produção de válvulas, ficará com uma área coberta de 8.500 metros quadrados, “distribuídos” por quatro pavilhões, e manterá, para já, os 30 colaboradores.

Quatro milhões de euros é o valor do investimento, e que abarca a aquisição e reconstrução da unidade industrial, a par com a aquisição de nova maquinaria. O empresário refere que recorreu à Banca para poder realizar este investimento, mostrando pouco interesse nos fundos comunitários do Portugal 2020, dada a “morosidade” dos processos.

Satisfeito com o facto de ter os três filhos (duas filhas e um filho) envolvidos nos negócios, e agora também dois netos, o que representa para si um “motivo de orgulho”, Joaquim Matos não esconde alguma “preocupação” quando fala de uma neta que está a estudar Farmácia e não revela grande interesse em abraçar a área industrial. Tem mais dois netos, ainda pequenos, que gostaria que, no futuro, pudessem integrar o negócio da família e que começou a construir, a pulso, há cinquenta anos atrás.

Leia a entrevista completa na edição em papel do JMG.