Os blocos L e M, no Casal do Malta, vão ser alvo de requalificação por parte da Câmara Municipal da Marinha Grande. É previsto que as obras tennham incício em outubro, no âmbito da candidatura a fundos comunitários do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU).

A intervanção que terá uma duração prevista de seis meses e que obrigará ao realojamento das 36 famílias. No entanto, apenas três agregados manifestaram ter possibilidade de ficar a viver com familiares durante aqueçe perído. Os restantes terão de ser realojados pela autarquia. Acontece que a Câmara apenas tem 16 habitações disponíveis e os moradores temem que seja alojada mais do que uma família por casa.

De acordo com uma moradora, que não quis ser identificada, foi realizada uma reunião com os vereadores do executivo permanente, Célia Guerra e Carlos Caetano, a presidente da Câmara, Cidália Ferreira, e os moradores, para dar conta do início das obras e de que forma seriam realojadas as famílias

A Câmara confirma a reunião e avança a informação de que “verificando-se que nem todas as famílias têm possibilidade de ser realojadas junto de familiares, foi feita a avaliação às habitações disponíveis no parque de habitação social do Município, tendo-se verificado existirem ao momento 16 habitações de tipologias entre T2 e T4”.

No esclarecimento da autarquia é ainda referido que esta “está a proceder à contratação de uma empreitada para pequenas reparações nestas habitações [as disponíveis] que estão, de momento, devolutas a fim de as poder disponibilizar para o realojamento temporário das famílias que, residentes nos blocos L e M, não tenham outra alternativa para se realojar no período de execução das obras”, sem nunca precisar o número de famílias a realojar temporariamente.
O verador do MpM, Aurélio Ferreira, questionou o execuivo permanente sobre esta situação. E a resposta foi que “a Câmara vai realojar as famílias”, também não sendo referido quantas famílias seriam realojadas nas 16 habitações disponíveis.

Na informação enviada para o JMG, a autarquia refere ainda que “quaisquer incómodos que possam ser causados a estas famílias, durante período de execução das obras, serão seguramente compensados pela maior e melhor qualidade de habitação social que lhes será oferecida, com um investimento superior a 700.000,00 euros (sendo em 85% financiado)”.