As associações são entidades que, com o seu trabalho incansável e dedicação voluntária, dão vida à Marinha Grande, promovendo a cultura, o desporto e o bem-estar social, substituindo-se muitas vezes ao próprio Município

 

Não nos podemos esquecer que nas associações trabalham pessoas de forma abnegada e totalmente gratuita, cuja motivação única é dar o melhor de si, em prol do próximo.


E não tenhamos dúvidas, as associações fazem parte da nossa identidade e da nossa cultura. Devemos estar orgulhosos e gratos pelo que têm feito por nós, nos mais variados domínios.

 

Quem não consegue entender isto, é porque ou está de má-fé ou não sabe o que anda a fazer.

 

Como é evidente, as associações vivem do apoio dos seus associados, mas também do essencial apoio da câmara municipal. Infelizmente, esse apoio tem sido cada ano que passa mais escasso, seguindo em contramão com este espírito comunitário e isso é algo que não podemos aceitar em silêncio.

 

A estratégia deste executivo municipal, é clara e, lamentavelmente, bastante simples. Primeiro, o montante global destinado às associações tem vindo a ser reduzido. A seguir, constata-se que o regulamento municipal, que deveria ser um instrumento facilitador na atribuição do apoio às associações, tem tido um efeito contrário devido às normas impostas, que sendo tão inflexíveis e restritivas, praticamente nenhuma entidade consegue cumprir os critérios de elegibilidade para receber um apoio significativo.

 

Se já todos chegaram à conclusão que urge reformular o regulamento (pelo menos desde 2022), infere-se que existe uma inoperância deliberada, que impossibilita a correção das situações de injustiça que resultam da aplicação do atual regulamento, ou seja, parece não haver vontade política para solucionar o problema das associações.

 

O resultado desta postura de inoperância? Um financiamento que, para muitas associações, não passa de migalhas. Um gesto calculado para que todas recebam um pouco, mas insuficiente para que possam realmente desenvolver as suas atividades com a qualidade e o alcance que desejam.

 

É preciso dizer as coisas como elas são: o atual executivo nunca teve nem tem a intenção de apoiar a cultura popular, aquela que envolve e representa verdadeiramente o povo da Marinha Grande, consideram-na menor, algo que não merece a sua atenção e apoio. Ao dificultar o acesso aos apoios, pretendem sufocar financeiramente estas associações, enfraquecendo-as, enquanto fazem gala em alargar o espetro das entidades beneficiadas para que possam, depois, vangloriar-se de que mais associações foram contempladas.

 

Mas que tipo de apoio é este que não passa de migalhas?

Que tipo de justiça é esta que distribui escassos recursos de forma que ninguém consiga efetivamente fazer algo significativo?

 

O PS-MG demarca-se completamente deste tipo de política mesquinha e asfixiante. Comprometemo-nos a mudar este regulamento, substituindo-o por um que verdadeiramente apoie as nossas associações. Um regulamento que seja claro, justo e acessível, e que ajude as associações a crescer e a florescer, e não a sobreviver por um fio.

 

Mas o nosso compromisso vai mais além: não só aumentaremos o montante destinado às associações, como garantiremos que todo o valor orçamentado será efetivamente gasto. Vamos ajudar as associações a cumprir com os requisitos, explicando, orientando e apoiando, e não complicando e restringindo como faz o atual executivo.

 

Temos consciência de que a diversidade cultural e a riqueza das atividades oferecidas pelas nossas associações são essenciais para a coesão social e para a formação de cidadãos mais conscientes e participativos.

 

Queremos uma Marinha Grande onde a cultura de massas seja valorizada, onde as atividades culturais, recreativas, desportivas e sociais tenham o apoio que merecem, e onde as associações possam continuar a desempenhar o seu papel fundamental na construção de uma comunidade mais forte e coesa.

 

O Secretariado da CPC do PS Marinha Grande