Seguem a bom ritmo os trabalhos de construção da Creche da Ivima, na Avenida 1.º de Maio, que representa um investimento superior a um milhão de euros e que vai criar vagas para 84 crianças

 

De acordo com o Município da Marinha Grande, dono da obra, trata-se de um equipamento que vai representar “uma resposta social de enorme importância para as famílias do concelho e que é esperada há muitos anos”.

A creche vai ter 6 salas com capacidade para um total de 84 crianças, com idades dos 0 aos 3 anos, proporcionando o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças, num clima de segurança afetiva e física.

Outra das valências será a colaboração com a família na partilha de cuidados das crianças. “O novo equipamento visa, também, fazer o despiste de qualquer inadaptação ou deficiência, assegurando o seu encaminhamento adequado para as estruturas de saúde, intervenção precoce ou promoção e proteção”, refere a autarquia em nota de imprensa.

O Município sublinha ainda que além da resposta social às famílias, a entrada em funcionamento da creche da Ivima, “vai criar novos postos de trabalho, dinamizando a economia local e alargando a rede de equipamentos sociais”.

Recorde-se que na assinatura do auto de consignação da obra, ocorrida a 3 de outubro de 2023, o presidente do Município, Aurélio Ferreira, considerou ser “um dia muito especial para os marinhenses”, sublinhando que “estamos a investir nas crianças e no apoio às famílias para termos ainda melhor qualidade de vida”.

A obra tem um prazo de execução de 14 meses prevendo-se que possa entrar em funcionamento entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. Representa um investimento de 1.017.416,70 euros (acrescidos de IVA), comparticipado em 812.700 euros pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e pelos Fundos Europeus NextGeneration EU.

Modelo de gestão por definir

Na reunião de câmara de 5 de agosto, o vereador António Fragoso, eleito pelo PS, questionou a vice-presidente Ana Monteiro a respeito do modelo de funcionamento da creche da Ivima, ainda em obras. O autarca quis saber se já estava definida a forma de funcionamento do equipamento municipal, nomeadamente se seria alvo de concessão ou gerido diretamente pelo Município.

Na resposta, Ana Monteiro, que dirigiu a reunião já que o presidente se encontrava ausente em gozo de férias, referiu que vai solicitar um pedido expresso ao Diretor Distrital da Segurança Social, para este remeter à tutela, a respeito do modelo de gestão das creches, lembrando que no início deste processo as instituições sociais eram as únicas que podiam ter acordos de cooperação para efeitos de creche, podendo-se recorrer a estas entidades, no entanto, essa situação alterou-se com o alargamento aos privados do programa das creches gratuitas. A vice-presidente anunciou que houve já duas IPSS que manifestaram interesse junto dos serviços da câmara na gestão da creche da Ivima, acrescentando que a autarquia também já recebeu pedidos de informação de auxiliares e educadores. “Se entendermos que deve ser um modelo de gestão externo, provavelmente teremos de ir ao mercado com um procedimento”, disse Ana Monteiro, referindo que, na sua perspetiva, esta é uma matéria que deverá ser alvo de discussão entre todos os vereadores eleitos.