A Casa da Cultura Teatro Stephens foi pequena para o comício que a CDU realizou na noite da última segunda feira, 26 de fevereiro, na Marinha Grande, no âmbito das Eleições Legislativas do próximo dia 10 de março

 

O Secretário-Geral do PCP, Paulo Raimundo, pediu "mais votos, mais deputados e mais força" para a CDU neste ato eleitoral, considerando que essa será "condição essencial" para "aguentar este caminho de Abril" e para ter "uma vida melhor para todos nós".

Perante casa cheia, o líder comunista considerou que o voto na CDU “é mais que útil, é o voto necessário”, para “caminhar em frente” e colocar “o País no rumo certo”.

Paulo Raimundo frisou que “a CDU fez e faz a diferença, sejam quais forem as circunstâncias”, afirmando que os eleitores estão perante “uma força de coerência” que “não muda de opinião confirme o vento”, e que “não cede a chantagens”.

“A CDU é um porto seguro no qual os trabalhadores e o povo sabem que podem confiar”, declarou o secretário-geral que deu conta das diversas ações de contacto com os trabalhadores, as populações e os utentes de inúmeros serviços, pedindo que se “transforme a força e a fome de mudança em mais votos na CDU para enfrentar as atuais condições de vida”.

Raimundo lembrou que cerca de três milhões trabalhadores recebem até 1000 euros brutos por mês de salário, “enquanto os grandes grupos económicos têm lucros de milhões por dia”, defendendo uma “mais justa distribuição da riqueza por aqueles que criam a riqueza, os trabalhadores” e que “não vá tudo para os lucros e dividendos dos grupos económicos”.

“O aumento dos salários resolve-se com o aumento dos salários. É só isso, mais nada”, disse Paulo Raimundo, defendendo o aumento imediato do salário mínimo para mil euros, a par da criação e implementação de apoios e medidas para as micro, pequenas e médias empresas, que constituem 99% do tecido económico.

“É possível baixar os custos de contexto deles, dando-lhes mais capacidade para aumentar os salários” e, com isso, “dando mais capacidade aquisitiva, abrir a economia e pôr o País a funcionar”, afirmou Paulo Raimundo, que quer também para “agora e não em 2028, o aumento intercalar das reformas, e que se garanta o direito à habitação, travando o aumento das rendas.

Considerou que se deve pôr “parte dos lucros dos bancos a suportar o aumento das taxas de juro” e que “agora é que é preciso salvar o Serviço Nacional de Saúde”, garantindo que “o problema não é a falta de dinheiro, mas sim as opções de cada um”.

“Dinheiro há”, afirmou Paulo Raimundo. “Haja vontade de o colocar ao serviço da maioria, de quem precisa”, ressalvando, no entanto, que “o que nunca faremos é passar cheques em branco”.

Para Paulo Raimundo “dar mais força à CDU” e “mais votos” é a resposta para ter um novo hospital na zona oeste, para a requalificação da Linha do Oeste, a “criação de melhores condições para um forte investimento na floresta” e “para dar resposta às necessidades dos setores produtivos”.

“Há muita gente que ainda não sabe que vai cotar na CDU”, afirmou o responsável, para quem “há uma larga margem para crescer” nestas Legislativas, lembrando que a CDU representa “uma força indispensável e insubstituível”, com “mais de 100 anos de experiência acumulada na luta contra a direita” e “48 anos de luta clandestina contra o fascismo”.

“Vamos ao trabalho, com conversa, com determinação” para “um grande resultado para a CDU”, apelou ainda o líder comunista afirmando, a fechar: “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais!”.