Ana Laura Baridó e António Fragoso, vereadores da Câmara da Marinha Grande eleitos pelo Partido Socialista, informaram, em comunicado enviado na madrugada deste sábado, 13 de maio, ao JMG, que “em consequência de várias incompatibilidades com a atual direção da concelhia do partido, deixaram de estar reunidas as condições para colaborar com a mesma”



Ana Baridó e António Fragoso referem ainda que “a atual Direção da Concelhia do Partido Socialista da Marinha Grande, eleita em 2022, nunca aceitou a decisão tomada em sede de CPC, após as eleições autárquicas de 2021, nas quais o PS obteve uma clara derrota eleitoral, de haver um compromisso pós-eleitoral com a força que venceu as eleições, com o objetivo primordial de ajudar as populações do concelho”.

Segundo os eleitos, “da atual direção da Concelhia ninguém colaborou com o Partido, na fase, quer de preparação quer de execução da campanha eleitoral”, acrescentando que “a atual Direção, na nossa perspetiva, tem pautado a sua atuação, pelo permanente confronto e desrespeito para com os Vereadores eleitos pelo Partido. Tudo tem feito para diminuir a representação dos seus eleitos, nomeadamente, ao negociar com outras forças políticas do concelho, sem o seu conhecimento e envolvimento, dando, depois, as instruções de voto cerca de 1 hora e meia antes das reuniões de Câmara e/ou Assembleia Municipal”.

Para Ana Baridó e António Fragoso, “tal comportamento revela, para além de desrespeito pelos eleitos do Partido Socialista, uma falta de sensibilidade atroz para com os mesmos, em especial, e no geral para com a população. Podemos mesmo afirmar que o seu comportamento se pauta, apenas pelo desejo de vingança e/ou retaliação sobre o atual Presidente da Câmara, desprezando as necessidades da população Marinhense”.

Os dois vereadores socialistas garantem, no comunicado, que é sua intenção “manterem-se fiéis ao seu programa eleitoral e ao Partido pelo qual foram eleitos e representam com muito orgulho, assim como, enquanto for possível, e com o sentimento único de servir a população, ao compromisso pós-eleitoral firmado com a força vencedora das eleições”.

“Não podemos continuar a rever-nos num comportamento marcado pelo sentimento de retribuição vigente pela atual Direção da Concelhia, que apenas pugna pela obstaculizarão do desenvolvimento do concelho. Não foi para isto que aceitamos concorrer e ser eleitos pelo povo do Concelho da Marinha Grande que, acreditou em nós, para fazermos política de uma forma diferente da usual”, referem ainda Baridó e Fragoso que se mostram disponíveis “para trabalhar com o Partido que representamos, mas não com comportamentos análogos a esta Direção da Concelhia”.