Venho a público manifestar o meu total e absoluto repúdio pelas ações e declarações caluniosas que consubstanciam um ataque à minha pessoa, assim como uma tentativa de assassinato político, levadas a cabo por aqueles que foram eleitos nas últimas eleições de 5 de julho, num processo democrático

1. Toda esta ação foi movida única e exclusivamente por ambições pessoais, em completo desrespeito pelos valores, interesses do partido e do nosso Concelho, assentes em ilegalidades e falsidades;

2. A Comissão Política Concelhia (CPC) do Partido Socialista da Marinha Grande não tem competência legal, estatutária ou regulamentar para deliberar/decidir suspender a Presidente da Concelhia;

3. Em nome da verdade e da legalidade, esclareço que a deliberação/decisão apresentada pela CPC para a minha suspensão de funções, estava ferida de ilegalidade;

4. Jamais compactuarei com qualquer iniciativa que se oponha aos estatutos ou prejudique o regular funcionamento dos órgãos do partido. Esta é uma regra sob a qual pugno a minha atuação, desde outubro de 2021, quando assumi a liderança da concelhia;

5. Os membros da CPC, no dia em que deliberaram ilegalmente, a 19 de outubro de 2024, sem a minha presença, não tinham, tal como não têm ainda hoje, conhecimento oficial do relatório da auditoria à empresa municipal TUMG, até porque a signatária apenas foi notificada do mesmo, no dia 23 de outubro de 2024, ou seja, quatro dias depois da deliberação/decisão da CPC;

6. Em face do acima referido, infere-se que a deliberação/decisão foi tomada com base nas calúnias e insinuações que o presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande (CMMG), nosso principal adversário político, levantou contra a signatária, em reunião de Câmara e sem direito a contraditório;

7. Após a leitura do relatório de auditoria, reafirmo que os factos ali imputados, no que a mim me dizem respeito, para além de não corresponderem à verdade, a qual, no devido tempo, será reposta, e, consequentemente, demonstrada a minha completa inocência, também se foca no Conselho de Administração, cuja presidente era a vice-presidente da CMMG, Ana Isabel Monteiro. Curiosamente, ou talvez não, tal facto foi sempre omitido, quer pelo presidente da CMMG quer pelos elementos da CPC que se demitiram;

8. Foi, por exemplo, a própria presidente da TUMG, Ana Isabel Monteiro, assim como o presidente da Câmara, que vetaram a contratação de mais pessoal para a empresa, um operacional e um administrativo, para libertar a administradora executiva de tarefas mais burocráticas; Todos os documentos da prestação de contas e declarações do órgão de gestão estão devidamente assinados pela então presidente da TUMG, incluindo todas as demonstrações financeiras dos exercícios em questão, os documentos enviados ao Tribunal de Contas e à Inspeção Geral de Finanças, assim como todas as deliberações e contratos relativos a procedimentos concursais no âmbito do Código dos Contratos Públicos;

9. É de estranhar e lamentar que elementos do PS local, com responsabilidades políticas se mostrem agora mais empenhados e estejam mais preocupados em atacar a minha pessoa e a branquear a atuação da vice-presidente da Câmara, com grandes responsabilidades na gestão da empresa municipal TUMG, do que a defender a verdade e o bom nome do Partido Socialista;

10. Reafirmo que sob a minha pessoa não impende nenhuma investigação, não fui constituída arguida e nem fui acusada pelas entidades judiciais e judiciárias;

11. Também é de lastimar que os promotores desta campanha persecutória proclamem uma alternativa política baseada na integridade, transparência e responsabilidade pública, quando as suas ações revelam o oposto: Não defendem a integridade quando não agem de acordo com os valores éticos e são politicamente desonestos nas suas ações; Não são transparentes quando escondem os verdadeiros interesses pessoais sob uma capa de que são impolutos; Não são responsáveis porque acusam não com base em factos, mas em calúnias, em detrimento do bem comum, do progresso do nosso Concelho e dos valores que definem e caracterizam o partido socialista;

12. Perante estes factos, concluo que a verdadeira intenção subjacente a estes ataques é promover o meu afastamento político, impulsionado por motivações puramente pessoais e em total desconsideração pelos princípios de ética e responsabilidade política que deveriam nortear a atuação política;

13. Com a renúncia da maioria dos membros da Comissão Política Concelhia, foram convocadas eleições para o próximo dia 13 de dezembro, as quais não mereceram a minha oposição, mesmo existindo quórum na CPC, porquanto entendo ser meu dever não permitir que estes factos se transformem num ataque ao Partido Socialista, a um ano das eleições autárquicas, que são para vencer;

14. Até que se efetue a transição para a nova CPC, não abandonarei o partido e manter-me-ei em funções nos termos estatutários.

Marinha Grande, 29 de outubro de 2024

A Presidente da Concelhia,

Fátima Cardoso