A Guarda Nacional Republicana (GNR) fez saber que procedeu esta semana, em todo o país, ao reforço do patrulhamento de visibilidade direcionado para a prevenção de incêndios, face ao agravamento do perigo de incêndio rural, devido às temperaturas elevadas, ventos e baixa humidade previstos para os próximos dias

 

Assim, e através das suas valências de Proteção da Natureza e Ambiente, territorial e investigação criminal, a GNR está a intensificar a vigilância das zonas de maior risco de incêndio, nomeadamente nos distritos em que o risco é elevado, muito elevado e máximo, com o objetivo de prevenir a ocorrência de incêndios rurais. Vão estar empenhados, diariamente, 5.200 militares nestas ações preventivas.

A valência de Proteção e Socorro estará em prontidão para atuar em ataque inicial, guarnecendo os 40 centros de meios aéreos. Também a Rede Nacional de Postos de Vigia está integrada neste esforço, através dos seus 230 postos de vigia, a que estão afetos 920 vigilantes.

Paralelamente, refere a GNR, será garantida a monitorização através das 143 câmaras de videovigilância existentes, e que atualmente garantem uma grande cobertura do Território Nacional.

No âmbito da vigilância e também da supressão, a GNR tem ainda empenhadas quatro Companhias de Ataque Ampliado da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro.

A GNR recorda que, em espaços florestais e agrícolas nos dias de risco de incêndio Muito Elevado e Máximo, não se deve fumar, fazer lume ou fogueiras; não se podem fazer queimas ou queimadas; lançar foguetes e balões de mecha acesa; e não podem circular tratores, máquinas e veículos de transporte pesados que não possuam extintor, sistema de retenção de faúlhas ou faíscas e tapa chamas nos tubos de escape ou chaminés.

No âmbito das suas competências, este ano a GNR já realizou mais de 36.000 patrulhas, que resultaram na identificação de 803 suspeitos e na detenção de 57 pessoas pelo crime de incêndio florestal.

Em nota de imprensa, a GNR dá conta que dos 6.341 incêndios florestais verificados este ano, investigou 5 189, apurando que 38% se deveram ao uso negligente do fogo (como queimas e queimadas), 29% a causas indeterminadas, 18% a causas relativas a incendiarismo, 10% a causas acidentais (como transportes e comunicações), 3% são derivadas de reacendimentos, 1% a causas naturais e 1% a causas estruturais (como sejam a caça, e o uso do solo).

 

Foto: DR

Gráfico: GNR