Os vereadores eleitos pelo PCP e pelo Partido Socialista teceram críticas ao presidente Aurélio Ferreira e aos vereadores com pelouros na reunião de câmara da passada segunda feira, dia 16 de setembro. O Rali Vidreiro, que este ano vai desenrolar-se maioritariamente em Alcobaça, foi a razão das queixas

 

Aquando da discussão do ponto 23, atinente à candidatura do Clube Automóvel da Marinha Grande para a realização do “Rallye Vidreiro Centro de Portugal – Alcobaça, Marinha Grande e Pombal” em 2024 e atribuição de apoio financeiro, quer Orlando Joia como Alexandra Dengucho, eleitos pelo Partido Comunista, lamentaram que este ano a prova deixe de se realizar na Marinha Grande e passe para o concelho vizinho de Alcobaça, onde será instalado o parque de assistência, e onde vão decorrer o Free Practise, Qualifying Stage, Shakedown, a Super Especial noturna e a entrega de prémios.

Para Alexandra Dengucho, “é preciso não ter sensibilidade nenhuma, perdemos o rali e a mais valia económica que trazia, com hotéis e restaurantes cheios”. “Este executivo acabou com o rali da Marinha Grande, como acabou com a Criativarte”, disse a autarca, acusando os vereadores com pelouros de “falta de visão estratégica”, e desinvestimento em eventos estratégicos, lembrando que o Rali Vidreiro “é da Marinha Grande, sempre foi”.


Da parte dos eleitos do PS, António Fragoso referiu que a prova se realizava no concelho há quase 50 anos e este ano deixará de ser, bem como em 2025, altura em que decorrerá em Pombal. O autarca fez votos que, em 2026, a prova automóvel possa regressar à Marinha Grande, “pois é cá que ele pertence”. À boleia do Rali Vidreiro, que considerou de interesse nacional, Ana Laura Baridó criticou a atuação do executivo com pelouros na relação com as associações e os recursos humanos da câmara, incitando o presidente Aurélio Ferreira a uma reflexão. “Pare para pensar, e veja que há coisas que não estão a correr bem”.

Aurélio Ferreira, por sua vez, referiu que o Rali Vidreiro “há muito que se estende a uma região e não apenas a um concelho”, mas que as despesas apenas eram apoiadas pelo Município que lidera. Lembrou que o compromisso firmado e que incluiu os concelhos de Alcobaça e Pombal é para três anos e referiu que a maioria dos ralis que integram o Campeonato Nacional são apoiados por mais que um município. Assim, e na sua perspetiva, a Marinha Grande partilha com outros municípios, “não apenas a passagem por lá, mas também as despesas”.

O apoio de 30 mil euros ao Clube Automóvel da Marinha Grande para o rali Vidreiro deste ano foi aprovado por unanimidade.