Rui Santos (Ruca) selou com chave de ouro a sua carreira de mais de 20 anos no voleibol. O atleta da Praia da Vieira retira-se da competição com a conquista, no passado dia 14 de abril, do título de campeão nacional de voleibol da Suíça, país onde vive há vários anos

 

Acaba de se sagrar campeão nacional de voleibol na Suíça. Qual é a sensação?

A sensação é fantástica, foram 8 épocas seguidas a tentar chegar ao título de campeão, e acabou por acontecer na minha última época como jogador de voleibol.

 

Há quantos anos é praticante da modalidade e quais os clubes/treinadores que mais o marcaram ao longo do seu percurso?

São 21 anos de carreira desportiva, em clubes como o CD Pataias, Vitória de Guimarães, Esmoriz Ginásio Clube (EGC), Castelo da Maia (CMGC), Associação de Jovens da Fonte Bastardo (AJFB) e Chênois Genève Volleyball.

Ao longo destes 21 anos, fui encontrando grandes pessoas no meu percurso profissional. Algumas das quais tiveram grande influência na minha carreira.

Queria destacar a grande família que era o Pataias, e a pessoa que mais incentivo me deu e mais acreditou em mim, o grande professor Cláudio Sousa.

Depois queria destacar o professor José Moreira, 1.º treinador da seleção de cadetes, e os anos que passei no AJFB onde ganhei o campeonato nacional.

E o Chênois Genève Volleyball, onde acabo a carreira e onde fui muito bem recebido. E o melhor treinador com quem trabalhei, Carlos Carrënho (Charly).

Aos 37 anos, o que lhe faltava ainda conquistar no que se refere ao voleibol?

Aos 37 anos dou como terminada a carreira, acho que poderia continuar a jogar, mas problemas físicos e profissionais ditam o fim. Fica sempre a sensação que faltou ganhar alguma coisa, mas acho que mesmo assim foi uma grande experiência.

Foram anos fantásticos, os melhores momentos foram passados nas Seleções Nacionais, onde tive oportunidade de representar o país, e penso que para qualquer atleta é o melhor reconhecimento possível. E o patamar mais alto a que se pode chegar.

Vive atualmente na Suíça. Que memórias guarda da Praia da Vieira, de onde é natural?

As memórias que tenho são sempre as melhores! A Praia da Vieira é e sempre será o meu refúgio. Saí muito novo, mas sou sempre muito bem acolhido quando volto para passar uns dias em casa da mãe.

Para quando um regresso às origens?

O regresso às origens será sempre de visita ou de passagem, pois atualmente o futuro passa por continuar a trabalhar na Suíça, e num futuro próximo regressar a Portugal, mas para a zona norte do país onde se encontra a minha mulher e filha.