A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) deu início ao processo de criação de um Focus Grupo Independente composto por profissionais com vasta experiência clínica e em emergência médica, com a realização de uma primeira reunião de trabalho decorrida dia 27 de agosto

 

Segundo a CIMRL, o grupo terá como missão principal a “elaboração de propostas para a melhoria dos serviços de urgência na região, contribuindo para a implementação de práticas que visem a eficiência e a qualidade do atendimento aos utentes”.

Entre outros especialistas e personalidades, associaram-se à iniciativa o professor Manuel Antunes, médico cardiologista e natural de Leiria, Júlio Bilhota Xavier, ex-Diretor do Serviço de Pediatria, Neonatologia e Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) e anterior Presidente da Direção do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos, João Morais, cardiologista e ex-diretor do serviço de cardiologia do CHL, Rui Nogueira, Médico Especialista em Medicina Geral e Familiar e ex-Presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Família, Carlos Rabadão, presidente do Instituto Politécnico de Leiria, Clarisse Louro, Mestre e Especialista em Enfermagem de Saúde Familiar, docente na Escola Superior de Enfermagem, e os médicos internistas João Coucelo (Pombal) e Renato Saraiva (Leiria).

Com o compromisso de “alinhar-se com as políticas de saúde que promovem a excelência nos cuidados de saúde”, a CIMRL explica que o Focus Grupo deverá atuar “de forma independente e imparcial, propondo melhorias concretas na organização, funcionamento, acesso e resposta dos serviços de emergência”. Trata-se de uma iniciativa enquadrada na estratégia global da CIMRL de garantir uma resposta no curto prazo aos graves problemas de resposta ao nível do serviço de urgências do CHL, apostando numa abordagem colaborativa que envolva profissionais de saúde, gestores, autarcas e utentes.

Na última segunda feira, dia 2 de setembro, decorreram na sede da CIMRL reuniões com as ordens profissionais, sindicatos médicos e de enfermeiros, e ainda com representantes dos setores privado e social com intervenção na área da saúde na região de Leiria.

Os representantes dos utentes vão ser também envolvidos na procura de sugestões sobre as principais necessidades e desafios atuais, garante a Comunidade Intermunicipal que, em comunicado, diz acreditar “que as recomendações e propostas deste grupo serão fundamentais para orientar futuras decisões e estratégias, assegurando uma resposta mais ágil e adequada às urgências e emergências médicas”.

Neste âmbito, será realizado um documento estratégico que será entregue aos responsáveis governativos, Assembleia da República, gestores das unidades locais e restante comunidade, com ações concretas e imediatas para atender às necessidades de funcionamento do Centro Hospitalar de Leiria e contribuindo para um sistema de saúde regional mais sustentável e centrado nas pessoas.

Recorde-se que o CHL serve uma população de cerca de 400.000 utentes distribuídos por sete concelhos do distrito de Leiria (Alcobaça, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Pombal e Porto de Mós) e um do distrito de Santarém (Ourém). “Atenta à dimensão populacional servida e dispersão geográfica, considera-se indispensável que, por razões de segurança e de proximidade, entre outras, a maternidade do CHL não pode deixar de ter as portas abertas e garantir o acesso 24h/dia, todos os dias do ano”, faz notar a CIMRL em comunicado.