O Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (CENTIMFE) tem a funcionar no edifício da OPEN, paredes meias com as suas instalações, uma Learning Factory que esteve de portas abertas em junho para dar a conhecer os equipamentos e tecnologias de que dispõe

 

Nos últimos 3 anos, o Centro Tecnológico investiu cerca de 3 milhões de euros em novas tecnologias e equipamentos e criou uma nova unidade, o que fez expandir a sua atividade e levou à integração de mais pessoas, mais qualificadas e orientadas para a indústria, em áreas como a sustentabilidade, o data science, a engenharia mecânica e a robótica, entre outras.

Segundo Rui Tocha, diretor geral do CENTIMFE, “durante este período preparámo-nos, não só do ponto de vista do hardware, como das pessoas e do conhecimento”, sublinhando que os projetos têm vindo a ser desenvolvidos com as empresas “para tentar ajudar a dar-lhes mais competitividade, a resolver problemas concretos existentes no mercado e para ultrapassar as muitas dificuldades que existem num mercado que está muito incerto e difícil”.

“Nos últimos 3 anos foi este o trabalho que fizemos e tivemos mais de 50 milhões de euros de projetos de inovação e de investigação com mais de 100 empresas e 50 entidades do sistema científico e tecnológico”, explicou o responsável, anunciando que, presentemente, “estamos acima dos 100 milhões de euros e o número de empresas também multiplicou porque as empresas efetivamente estão a aproveitar os programas europeus e nacionais que existem para se reposicionarem no mercado”.

Segundo Rui Tocha, “a modernidade de que o cluster foi alvo nestes últimos anos, faz com que as empresas possam trabalhar não só para o setor automóvel, que é a base do cluster, mas que possam aproveitar oportunidades da área médica e de embalagem. Resolvemos fazer esta Learning Factory demostrando e evidenciando muitos desses resultados, que são produtos concretos que fomos fazendo com as empresas e que estão na ordem do dia, como a indústria 4.0, 5.0, as questões da sustentabilidade, etc., e que podem ver aqui, para poderem discutir connosco e colocar-nos desafios”, garantindo que “temos uma equipa bem preparada” para lhes dar resposta.

“O nosso objetivo é demonstrar que estamos a trabalhar com as empresas e podemos levar este conhecimento a muitas mais, assim as empresas queiram aproveitar”.

A área do fabrico aditivo é uma daquelas em que o CENTIMFE está a dar cartas atualmente, dados os conhecimentos e tecnologias de que dispõe. “Queremos ajudar as empresas a reduzir custos, não para ir para o low cost mas sim para a eficiência da produção, para termos uma fabricação zero defeitos, e dispomos de várias soluções”.

As portas do CENTIMFE estão assim abertas, quer ao meio empresarial como científico, de forma a rentabilizar os equipamentos e tecnologias em que se tem vindo a investir, bem como a acrescentar valor às empresas e restantes parceiros do cluster.